quarta-feira, 29 de junho de 2011

O PIOR DISCURSO

O pior discurso que faz um pobre é o que diz que o outro pobre não quer vencer na vida, não quer ultrapassar os limites impostos pelo burguês opressor.
Nenhum empresário paga verdadeiramente o que trabalhador merece, não paga e não lhe dá plenas condições de realização de trabalho, Não no Maranhão, não em Açailândia.
Por aqui, para nossos empregadores só são trabalhadores dignos de mais altos salários, a mão-de-obra imigrante, de preferência as vindas do sudeste.
Claro há exceções e as raríssimas exceções também já se acostumaram as críticas ao trabalhador açailandense, maranhense descendente do agricultor familiar expulso da terra por latifundiários e grileiros.
O pior é que o discurso quando feito também por oprimidos, por quem conseguiu a duras penas concluir um ensino profissionalizante, competiu e "venceu" no mercado de trabalho. Venceu e se vendeu ao opressor, copiou espalhou o discurso do opressor e faz como se fora seu discurso, doe mais, exclui mais.

ATRIBUIÇÕES DE UM VEREADOR

Os vereadores são eleitos juntamente com o prefeito de um município, no qual os primeiros têm a função de discutir as questões locais e fiscalizar o ato do Executivo Municipal (Prefeito) com relação à administração e gastos do orçamento. Eles devem trabalhar em função da melhoria da qualidade de vida da população, elaborando leis, recebendo o povo, atendendo as reivindicações, desempenhando a função de mediador entre os habitantes e o prefeito.
O prefeito, sob fiscalização da Câmara de Vereadores, deve cumprir a Lei Orgânica.
De acordo com a Constituição Federal, cada município, obedecendo aos valores máximos de remuneração, deve estabelecer o valor do subsídio (salário) dos vereadores. Esses valores são definidos conforme o contingente populacional de um determinado município. Exemplo: de 50 mil a 100 mil habitantes, o salário será de até (máximo) 40% do subsídio destinado aos deputados estaduais; municípios com mais de 500 mil habitantes, 75% do salário dos deputados estaduais.
Você sabe em quem votou para vereador? E seu vereador se eleito tem cumprido o seu papel,(o dele), junto a Câmara municipal em seu nome?

MINHA VILA

Olho a minha volta e vejo toda uma comunidade distante dos carros luxuosos que cruzam a cidade, distante dos altos muros e das ruas calçadas. Minha comunidade é uma vila descalça, empoeirada no seco inverno ensolarado do Maranhão e enlameada nas chuvas torrenciais do verão.
Minha Vila, dividida em pequenas vilas menores, para facilitar a propagação da discriminação talvez. Talvez apenas para satisfazer egos ou homenagear desconhecidas eminências mundiais. É um reduto de minorias, de velhos desamparados e de crianças sem futuro, ou o inverso seria o certo, de velhos sem futuro e de crianças desamparadas.
A vila é isso, um bolsão de pobreza a mercê do mercado externo, da produção e comercialização de ferro gusa, da incerteza do mercado da carne e da construção civil da cidade e de si própria.
A vila levanta as três da manhã e lota velhos ônibus inseguros a caminho dos eucaliptais e das carvoarias, as quatro toma ônibus em direção de frigorífico; as seis começa seu périplo em bicicletas em busca do centro da cidade, as sete horas suas crianças vão a escola e suas mães, as que sobram em casa cuidam de seus afazeres.
Minha Vila, imensa em seus mais de 50 mil habitantes, é quase silenciosa em seu dia, se não fosse seu pequeno comércio de duas ruas e suas poucas e grandes e pequenas escolas. É um grande dormitório de trabalhadores felizes com seu destino e de desempregados inquietos.
Minha Vila não se queixa de seus vilões, moradores de vila eram assim chamados, hoje falamos de vilões privilegiados que enfiaram muros de preconceitos ao redor de minha vila.
Durante os dias de trabalho dorme em seu quase silêncio para acordar ruidosa em seus dias folga. Não há clube ou cinema, mas meninas bonitas, bares, música diversa e furiosa em suas noites de lazer. Mulheres fáceis e drogas que envolvem o fácil prazer pobre. Triste mesmo é saber que só isso parece suficiente. Que esse lazer é patrocinado pelos donos do poder. Na antiguidade, em Roma havia pão e circo, hoje há pão e álcool e degradação.
A Vila poderia ser mais, mais educação, mais cultura, mais satisfação. E não é, não por causa de si ou de seus filhos. Não é por sua importância. Importância eleitoreira e bissexta. Nesse período, a vila trava uma luta entre a verdade e a facilidade da troca mais injusta, sua liberdade por uma cesta-básica, por uma conta de luz, dez reais, um copo de cachaça. E todos se tornam iguais, principalmente aqueles que trazem consigo a verdade.
A verdade torna-se nesse momento e na voz dos donos do poder, radicalismo, incoerência de quem não sabe e não deixa os outros viverem. Então começam novos anos de promessas esquecidas e refeitas, de receitas sem remédios, ou de prédios sem médicos, de escolas sem professores, de poucas salas de aulas e de falta de cadeiras.
A vila acorda as três da manhã, todos os dias de segunda a sábado, todos os meses do ano, todos os anos de sua vida. Não que isso seja de todo mal, pois é sinal de gente trabalhadora. Mas também faz mal acordar tão cedo sem esperança de melhora, sem expectativa de mudança. È desgastante viver sem esperança.
A vila é um grande dormitório que não dorme nas noites de descanso, é descaso isso não é avanço.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

OPOSIÇÃO É SITUAÇÃO

Por que a OPOSIÇÃO não fala do que não temos?
Simples a OPOSIÇÃO quer o poder pelo poder! Enquanto isso não temos escolas de nível médio e pública que de fato atenda a nossa demanda. Na Vila Ildemar, lá dentro da Vila não HÁ nenhuma escola de Nível Médio. A Vila Ildemar não tem importância, ou nesse caso da escola de Nível médio,é PROBLEMA de ROSEANA, da Sarney e OPOSIÇÃO é SITUAÇÃO.
A Vila Ildemar não tem uma agência bancária, na Vila Ildemar não tem um rico, não na VILA, e o pobre aposentado pode vir retirar seu benefício no Centro, fica mais fácil para ser roubado. Aliás, só virão RECEBER seus benefícios os que guardarem o dinheiro da passagem, pois a empresa monopolizadora dos transporte coletivo resolveu "cumprir a Lei", e como a linha é grande, tem grande fluxo de passageiros e o número de cadeiras reservadas ao idoso não atende à demanda, muitos ficam sem poder viajar no transporte coletivo municipal. Isso a OPOSIÇÃO também não vê, muito menos a agência bancária. Porque isso é um problema de debate social de necessidade do povo da periferia e não é problema da OPOSIÇÃO, essa composta por membros de uma elite de intelectualoides e de novos burgueses comerciantes e terceirizadores de mão-de-obra ávidos por mais riqueza e PODER>
A OPOSIÇÃO também não vê que os mosquitos, da dengue ou comuns, estão tomando conta da cidade, por que a OPOSIÇÃO não vê? porque o combate dos mosquitos é obrigação do estado, do Estado do Maranhão, é PROBLEMA de ROSEANA, da Sarney e OPOSIÇÃO é SITUAÇÃO.
Por que a OPOSIÇÃO não vê os apagões elétricos em Açailândia, porque o problema da energia elétrica e do Estado, do estado do Maranhão de Roseana, da Sarney e OPOSIÇÃO é SITUAÇÃO.
O que o povo precisa saber e a nossa OPOSIÇÃO faz tudo Para esconder que ROSEANA é muito boa de promessa e de compilar dados estatísticos, mas que na realidade o MARANHÃO vai mal por culpa das ambições da SARNEY e Açailândia vai mal porque o ESTADO DO MARANHÃO, GOVERNADO POR ROSEANA nunca, em tempo algum fez algo por Açailândia e pelo seu povo. Assim como por aqui também não há OPOSIÇÃO, mas oposição séria; preferem encher os ouvidos da população com factoides eleitoreiros a de fato promover inclusão social, respeito e dignidade a nós povo da periferia.
Aliás a periferia estará lá para eleger o próximo empresário que desejar ser Prefeito de Açailândia!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Movimento Não Acabou!

O desembargador não declarou a ilegalidade da greve dos professores da rede municipal de ensino como destaca O BLOG DO REI DOS BASTIDORES. Entendeu ser imaturo o seu conhecimento para pronuciar a ilegalidade, entretanto, exigiu o retorno dos grevistas a sua atividade.
A administração do município não respondeu a proposta dos professores de 15% aproximadamente, até porque fez anteriormente uma proposta de 7,08% que os professores acharam ser irrisória.
Os professores permanecem parados, EU ESTARIA TAMBÉM PARADO SE FOSSE PROFESSOR. Pois entendo que o desembargador foi parcial ao decidir pelo retorno dos grevistas sem ouvir o SINTRASEMA . Desse modo e por esse princípio, devo estar dizendo que estou com os professores, a greve é um direito do professor, atém mesmo em estágio probatório e isso não pode nem deve afetar a relação estagiário/emprego.Não participar do movimento é um ato que fere a atitude profissional, pois o professor participando está ensinado ao seu aluno que a luta por melhores condições sociais é um DEVER do CIDADÃO.
Como Educador, pai de aluno e servidor me contraria, porém, a atitude de "certos Educadores" que se negam ao compromisso de educar quando fogem da responsabilidade do pagamento das aulas não dadas durante o período, e isso independe do fato de hoje a justiça, através de uma questionável Liminar, autorizar o corte do ponto do grevista. Assim , sou contrário; pois entendo que o professor tem o dever de zelar pelo ato ensino/aprendizagem e quando se é permissivo ao discurso descompromissado para com ato ele faz o mesmo que negar o direito da aprendizagem ao jovem. É ferir a ética, é embarcar no discurso opressor de quem detém o Poder.
Por isso sou contra, não ao Movimento, mas ao discurso Radical que não acrescenta, que divide e patrocina a opressão.
Além disso sou contra o discurso oco que fere, macula a honra de quem não está presente, que agride por agredir, deixando de ser oprimido para tornar-se opressor, não é assim que nos faremos libertos. Pelo contrário tornamo-nos opressores de nós mesmos, nos condicionamos ao papel de nada, não construímos nada e não libertamos ninguém.
E discursos revoltados não geram soluções. geram revoltas e certamente, não traduz o desejo da maioria.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Fim do Movimento Paredista

A justiça entendeu, que a greve por reajuste salarial do professor da rede municipal era ilegal; o que decretou de fato o fim da paralisação apesar da presidente afirmar que a greve continua.
Os professores deveriam usar de artifício para continuar reclamando do fato de terem sido excluídos do reajuste "geral" do servidor este ano.
O meu amigo secretário de educação afirma que algumas classes foram favorecidas pela implantação do PCCS da Educação, em nossa opinião uma minoria de privilegiados diretores, técnicos educacionais e supervisores. Ao professor nada.
Porém, o movimento poderia ser evitado se os negociadores escolhidos tivessem se empenhado, havia e há espaço na receita da secretaria, (FUNDEB 60) para um reajuste de pelo menos 10% para o professor. As negociações não EVOLUÍRAM a essa solução devido ao desgaste político do prefeito Ildemar, e principalmente, pela vontade de alguns de POLITICALHAR a luta sindical.
Sindicato deve estar de fora da política partidária, movimento de trabalhador não deve se misturar aos palanques da situação ou da oposição. Lembro-me que iniciamos um movimento em pleno período eleitoral de 2004, obtivemos a maior vitória do servidor, porque nos afastamos dos palanques, que muito provavelmente abriria espaços nos meandros do poder para aquelas lideranças, mas levaria o servidor a uma derrota.
Isso não ocorreu agora, apesar dos esforços da presidente do SINTRASEMA. Ela foi boicotada e o professorado usado por pessoas que tem objetivo de concorrer nas próximas eleições, pela oposição -Melhor ser vidraça né!. E por isso foi atropelada a negociação e o professor foi a greve.
Durante o movimento os grevistas de um modo geral não aceitavam contrariedades. Uma simples pergunta: O por que da greve, por exemplo, redundou em ofensas pessoais a quem perguntou por parte de paredistas durante aulas numa faculdade local.
Durante o movimento, professores decidiram em reunião que iriam fazer uma carreata em direção a prefeitura como forma de pressionar. Carreata é coisa de político em campanha, de político com forte poder aquisitivo.
Em 1992, os mesmos professores fizeram uma caminhada em direção a Prefeitura e lá foram recebidos com spray de pimenta e muito cacete.
Então, pergunto: será que o pai do aluno sem os privilégios, recebendo 70 reais por mês por pessoa da família, isso é 54% da população de Açailândia, compreenderia e apoiaria o professor de seu filho na reivindicação por melhores salários fazendo CARREATAS?
Isso é o que tornou o movimento do professorado antipático a população. O desrespeito com que alguns professores tem tratado alunos e pais de alunos das comunidades carentes, a forma como não quer se explicar sobre o seu movimento, (forma agressiva,)e a exposição de uma condição social muito acima da sua clientela.
É triste ver profissionais voltarem ao trabalho cabisbaixos, derrotados e sem expectativa de realmente melhorar sua renda. Porque a maioria dos professores não podem adquirir um carro, a maioria dos professores do município vivem de sacrifícios como trabalhar em três, dois em quadros efetivos do município e/ou um pelo estado e um no que chama de Dobra ou seletivado. Porém é necessário no momento do engajamento na luta, avaliar para ter a certeza de que:
a) o movimento atende realmente as nossas necessidade;
b) é de fato um movimento justo;
c) está de fato organizado;
d) quem são os líderes e quais as razões que os levaram a liderança.

Desculpem-me mas estou muito triste!

Olá amiga(o)

Gostaria de dialogar com você, sobre Açailãndia e nosso papel conquanto povo nessa comunidade.
Primeiramente gostaria de que juntos avaliássemos a comunidade açailandense sob olhos da justiça social, da igualdade, da fraternidade e da liberdade, ensenciais ao exercício da democracia.
Aliás, se igualdade para você é o exercício salutar da fraternidade e se isso nos leva a plenitude da democracia, então pensamos de maneira idêntica. Nessa ótica se você vê que a igualdade em Açailândia é um fator de discriminação e que parece haver uma parcela da população “mais igual” que as outras, então, concordamos. Pricipalmente, se esse “mais igual” for a garantia de privigélios de uma camada social perante outra ou perante o restante da população.
Ainda nessa visão, se você vê que nunca em nossa pequena história houve a realização de um governo voltado a inclusão socioeconômica então estamos alinhados em pensamento.
E finalmente se você crê ser possível mudar essa realidade então estamos falando com as pessoas certas.
É óbvio que não será radicalizando nossa posição, fincando a trincheira de que somente você ou eu é quem pode transformar essa realidade, mas que somente juntos podemos fomentar essa mudança a partir do princípio de que o Poder Emana do Povo e do princípio de que Unidos podemos romper as barreiras do preconceito e e dos privilégios, fomentando uma sociedade de justiça social e por consequência de igualdade.
Por isso é que, como cidadão açailandense profudamente entristecido com a política social sempre aqui exercida é que lhe convido, para o debate virtual capaz de gerar solução que diminuam, os privilégios, os preconceitos e a exlusão social,
Acesse meu bloguer: Blog do Marcão de Açailândia, www.marcaodeacailandia.blogspot.com, ou me siga no twitter: @marcao_de_acai.
Nos dois endereços aceitamos críticas lógicas que venham nos auxiliar na construção de uma sociedade verdadeiramente mais igual.

Muito Obrigado
Marcos Silveira - O Marcão de Açailândia

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Os Professores

Os professores vão paralisar!
Professor não vive de vento, professor quer e necessita de aumento!